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Vinhos de Portugal chega a SP: confira curiosidades sobre as regi?es produtoras para fazer bonito em conversas sobre a bebida

Há muito a descobrir sobre os vinhos portugueses,resultado da agreste jogo do bicho e cada uma das regi?es produtoras guarda seus segredos. A seguir, revelamos alguns desses casos bem guardados de Douro, Vinho Verdes, Lisboa, Tejo e D?o. Quem sabe, quando, em uma conversa, o assunto for a bebida, você poderá usar esse conhecimento e compartilhar esses segredos com mais pessoas. Ou ainda na edi??o do Vinhos de Portugal em S?o Paulo, que será realizada de 13 a 15 de junho. Tudo come?a com um “sabia que...”. Informa??es, programa??o e ingressos: acesse o site do Vinhos de Portugal 2025. Douro Douro. Primeira regi?o demarcada de vinhos teve paisagem escavada com pás e picaretas. Hoje, o laser ajuda a manter os patamares que s?o marca da paisagem local — Foto: Nelson Garrido/Público Sabia que… a primeira demarca??o, feita em 1756 pelo Marquês de Pombal, apenas contemplava, a grosso modo, a área que hoje chamamos de Baixo Corgo? Essa área cresceu depois, durante o reinado de D. Maria I, para o Cima Corgo e, a partir de 1792, com a destrui??o do monólito granítico do Cach?o da Valeira (que impedia a navega??o segura no rio para Leste), para uma pequena parte do Douro Superior. Só 152 anos depois, em 1908, ficou demarcada a regi?o do Douro como a conhecemos hoje, porém com duas sub-regi?es: Alto Douro e Douro Superior. Em 1936 é que a sub-regi?o Alto Douro foi dividida em Baixo Corgo e Cima Corgo, numa associa??o ao rio Corgo. E sabia que... o enorme e acidentado declive dos terrenos nas encostas dos montes do Douro obrigou a escava??es penosas, feitas a pá e picareta, sobretudo durante o século XIX e na primeira metade do século XX, quase sempre feita por gente vinda da Galiza? Foi assim que surgiram os plat?s cortados nas encostas, suportados por muros de pedra onde a vinha era plantada. Nos anos 1970 e 1980, com as máquinas de terraplanagem, os patamares passaram a ser separados por declives de terra. Hoje, os patamares modernos, construídos com a ajuda de laser, s?o mais estreitos e têm declives mais baixos. Vinho Verde O Palacete Silva Monteiro, construído por um brasileiro e atual sede da Comiss?o de Viticultura da Regi?o dos Vinhos Verdes — Foto: Paulo Pimenta/Público Sabia que... Os vinhos tintos já foram a esmagadora maioria dos vinhos produzidos na regi?o dos Vinhos Verdes? Muitos consumidores acham que os Vinhos Verdes s?o apenas brancos, mas n?o tem muito tempo que os tintos representavam mais de 85% da produ??o da regi?o. Era assim até a década de 1970. A mudan?a aconteceu a partir dos anos 1980, com a aposta forte na moderniza??o e na reconvers?o de toda a produ??o. Tem crescido também a produ??o de vinhos espumantes de Vinho Verde, que conquistam cada vez maior número de consumidores. O que faz todo o sentido, dadas as características de frescor, acidez natural e baixo teor alcoólico típicas dos vinhos da regi?o. E sabia que… é possível visitar o Palacete Silva Monteiro, uma joia arquitet?nica do século XIX em pleno centro do Porto e onde fica a Casa do Vinho Verde? Sede da Comiss?o de Viticultura da Regi?o dos Vinhos Verdes (CVRVV) desde 1944, já foi considerada a mais bela residência do Porto por Pinho Leal, nas décadas finais do século XIX. Situado na Rua da Restaura??o, o palacete foi construído por encomenda de António da Silva Monteiro, um brasileiro que foi “homem do comércio, da indústria, dos transportes e da cultura”, um filantropo que também gostava de “meter as m?os na terra”, como o descreve Joel Cleto, em um livro comemorativo dos 200 anos de nascimento de Silva Monteiro. A casa tem uma das mais belas claraboias da cidade e imagens representativas dos lugares onde viveu o brasileiro: Rio de Janeiro, Porto e Lisboa. As visitas guiadas, com provas de vinho, s?o realizadas aos sábados, de hora em hora, das 14h30 às 18h30. Há um limite máximo de 15 participantes e o ingresso custa 5 euros por pessoa. é preciso fazer inscri??o prévia no site do Vinho Verde: portal.cvrvv.pt Tejo A vinha do Convento, da Falua, na regi?o do Tejo, que dá origem ao Conde Vimioso Vinha do Convento — Foto: Sergio Azenha/Público Sabia que… na Charneca há duas vinhas cujas raízes das videiras vivem literalmente entre calhaus de pedra rolada? S?o a Vinha do Convento, da Falua (dá origem ao Conde Vimioso Vinha do Convento), e a Vinha do Planalto, da Quinta da Alorna, que dá origem ao Reserva das Pedras. Imagine uma faixa de pedras roladas à beira-mar. Imagine também que alguém se lembra de plantar videiras entre pedras roladas do tamanho de uma bola de basebol. é disso que se trata. Há 400 mil anos, era ali o leito do rio Tejo, que agora corre a quatro quil?metros de distancia. Dizem que só existe algo parecido em Chateauneuf-du-Pape, no vale do Rh?ne, na Fran?a. Do Tejo saem vinhos diferentes: mais frescos e naturalmente mais minerais. E sabia que… um olhar estrangeiro sobre a realidade portuguesa pode tirar um coelho da cartola? Foi o que aconteceu com uma frase do crítico de vinhos Charles Metcalfe sobre a regi?o do Tejo. No ver?o, nas margens do rio, costuma aparecer uma neblina matinal que baixa consideravelmente a temperatura média do ar. Lá pelas 8 ou 9 da manh?, essa neblina come?a a levantar e, ent?o, chega a vez do sol torrar a terra. à noite, a temperatura cai rapidamente. Estas amplitudes térmicas s?o responsáveis pela produ??o de uvas equilibradas entre álcool e acidez, as quais v?o dar origem a vinhos naturalmente frescos. A Comiss?o Vitivinícola do Tejo podia, diante desses detalhes de terroir, contratar uma agência de publicidade para produzir um slogan eficaz, mas n?o foi necessário. Certo dia, Metcalfe, ao olhar para a neblina do Tejo, desencantou a frase perfeita: “hot days, cold nights, cool wines” (dias quentes, noite frias, vinhos frescos, em tradu??o livre). D?o Vinhas da Casa de Santar, da Global Wines: até o século XIX, a Touriga Nacional era a casta-rainha do D?o. Já a Encruzado só foi descoberta nos anos 1960 — Foto: Anna Costa/Público Sabia que… a casta Encruzado só foi descoberta nos anos 1960? Foi Alberto Cardoso de Vilhena, o primeiro e único diretor do Centro de Estudos Vitivinícolas do D?o até àquela data, quem na década de 1960 descobriu as qualidades fantásticas dessa casta, uma variedade muito mineral e com uma estrutura que casa bem com qualquer prato gastron?mico. Nos anos seguintes foram feitos vários ensaios e, mais tarde, o mercado abra?ou aquela que é hoje uma das bandeiras da regi?o. E sabia que… no final do século XIX, a casta-rainha do D?o era a Touriga Nacional? Os primeiros registros conhecidos do encepamento na regi?o s?o de 1865 e d?o conta do domínio da casta que hoje muitos associam a outra regi?o, mas que nasceu no D?o. Depois da filoxera, os viticultores perceberam que a Touriga Nacional n?o se dava muito bem com o porta-enxerto americano. A variedade n?o produziria o que esperavam, ent?o apostaram em outras tintas. é por isso que, até os anos 1950, os vinhos do D?o n?o tinham muita Touriga Nacional. Lisboa Sabia que... no passado, os cestos de vime salvavam vidas nas vinhas de Colares? O que encanta nessa regi?o n?o é apenas a personalidade dos seus vinhos longevos, mas a própria cultura primitiva da vinha, que ficou incólume à desgra?a da filoxera. Para plantar uma videira em ch?o de areia é preciso cavar fundo até encontrar a argila. Como o solo duro estava longe, eram feitas covas enormes. Mas, como n?o é fácil escorar areia, acidentes mortais aconteciam e desabamentos silenciosos engoliam os trabalhadores. Foi ent?o que alguém teve a ideia que salvou vidas: os homens passaram a cavar com um cesto de vime enfiado na cabe?a. Em caso de desabamento da areia, o cesto criava uma caixa de ar suficiente para o trabalhador permanecer vivo até o resgate. E sabia que… para conhecer verdadeiramente a casta Arinto tem de provar vinhos de Bucelas? Esta é, provavelmente, a mais importante casta branca portuguesa. N?o só porque dá origem a vinhos diferenciados e longevos, mas porque seus ácidos s?o determinantes para, em lote, manterem a vivacidade de vinhos brancos de regi?es mais quentes. Há grandes vinhos de Arinto na regi?o dos Verdes, do Alentejo, do Tejo, da Bairrada ou da Península de Setúbal. Mas é em Bucelas, microrregi?o inserida na grande regi?o de Lisboa, onde os solos carregados de calcário, a orografia e o frescor climático s?o responsáveis por brancos minerais com tremenda capacidade de guarda. E por falar nisso: só se deve come?ar a beber Arintos de Bucelas três anos depois da colheita. Idealmente, cinco anos depois. Alentejo Sabia que… já se fazia vinho no Alentejo antes de os romanos passarem por ali? A regi?o que hoje conhecemos e o perfil atual de seus vinhos come?ou a ser desenhada com as adegas cooperativas nos anos 1950. O salto para a qualidade come?ou a ser construído uns 20 anos depois, a partir da vis?o disruptiva e apaixonada de Francisco António Cola?o do Rosário, o arquiteto do Pêra-Manca, e dos que seguiram seus passos. E sabia que… há 15 anos, os vinhos de talha alentejanos eram apenas uma curiosidade regional? Dificilmente se encontraria um crítico que gastasse dois parágrafos com vinhos com cheiro de barro. Em pouco tempo, tudo mudou. Ou renasceu. N?o só o número de produtores de vinhos de talha cresce todos os anos nos concelhos de Vidigueira, Cuba e Alvito (o cora??o dos vinhos de talha) como cresce também o interesse de produtores de qualquer uma das oito sub-regi?es vitivinícolas alentejanas. Por quê? Primeiro, porque os vinhos de talha, apesar de manterem as técnicas tradicionais, s?o resultado de uvas saudáveis. Segundo, porque há muitos consumidores fartos de vinhos padronizados. E, terceiro — e muito mais importante — o vinho de talha n?o é só vinho. é também festa e cultura popular. Texto publicado originalmente no Terroir, site do jornal PúBLICO dedicado ao vinho. Para conferir a programa??o e saber mais sobre a venda de ingressos, acesse o site do evento. O Vinhos de Portugal 2025 é uma realiza??o dos jornais O GLOBO, Valor Econ?mico e Público, em parceria com a ViniPortugal, com a participa??o do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto; apoio das Comiss?es de Vinho do Alentejo, D?o, Lisboa, Tejo, Vinhos Verdes, Herdade do Peso, Turismo de Portugal, Agência Regional de Promo??o Turística Centro de Portugal, Shopping Leblon e Sadia, hotel oficial Fairmont Rio (RJ), água oficial águas Prata, cia. aérea oficial Azul, assessoria de imprensa InPress Porter Novelli, local oficial Jockey Club Brasileiro (RJ), loja oficial Porto Di Vino, rádio oficial CBN e curadoria Out of Paper. PROGRAMA??O COMPLETA DO VINHOS DE PORTUGAL EM S?O PAULO SEXTA-FEIRA 13 DE JUNHO Sal?o de Degusta??o Sess?es13h às 16h (apenas para profissionais do setor), 17h às 19h e 19h30 às 21h30 Sala de Provas 16h: Fernando Guedes, a essência de grandes vinhos brancos (com Jorge Lucki)17h30: Portugal às cegas (com Cecilia Aldaz)19h: Verdes, vinhos intensos e divertidos (com Manuel Carvalho)20h30: Jovens enólogos, seus melhores vinhos e novas tendências (com Dirceu Vianna Junior) Tomar um Copo 16h30: Vinhos do Douro (com Manuel Carvalho, Marcelo Correa Bastos, Quinta de Ventozelo e Casa Ferreirinha)18h: As damas do Tejo (com Dirceu Vianna Junior, Quinta da Alorna e Falua)19h: Vinhos do Alentejo (com Jorge Lucki, Luís Otávio álvares Cruz, Reynolds Wine Growers e Torre do Frade)20h: Vinhos do Douro (com Cecilia Aldaz, Diego Arrebola, Falua e Real Companhia Velha)21h: Centro de Portugal, D?o (com Jorge Lucki, Gianni Tartari, Textura Wines e Taboadella) SáBADO 14 de junho Sal?o de Degusta??o Sess?es 12h às 14h, 15h às 17h, 17h30 às 19h30 e 20h às 22h Sala de Provas 12h: Alicante Bouschet, a estrela do Alentejo (com Jorge Lucki e Alexandra Prado Coelho)13h30: Um guia de enoturismo de Portugal (com Cecilia Aldaz)15h: Antonina Barbosa, a trajetória meteórica no mundo dos vinhos (com Jorge Lucki)16h30: Ramos Pinto, as histórias de vinhos emblemáticos com Jorge Rosas (com Dirceu Vianna Junior)18h: A alma dos vinhos do Douro (com Manuel Carvalho)20h: Harmoniza??o de vinhos do D?o (com Cecilia Aldaz e Manuel Carvalho) Tomar um Copo 13h30: Vinhos do Douro (com Manuel Carvalho, Julia Rezende, Jo?o Portugal Ramos e António Ma?anita)14h30: Vinhos do Tejo (com Dirceu Vianna Junior, Santos & Seixo Wines e Enoport Wines)15h30: Vinhos Verdes (com Manuel Carvalho, Leandro Mattiuz, Espor?o e Falua)17h: Vinhos do Douro (com Jorge Lucki, Daniela Bravin, Vértice e Symington)18h: Vinhos do Alentejo (com Cecilia Aldaz, Cassia Campos, Casa Relvas e Herdade da Malhadinha Nova)19h30: Centro de Portugal, Lisboa (com Alexandra Prado Coelho, Gabi Bigarelli, Adegam?e e Cas’Amaro)20h30: Vinhos do D?o (com Jorge Lucki, Bianca Veratti, Global Wines e Adega Cooperativa de Mangualde) Domingo 15 de junho Sal?o de Degusta??o Sess?es 13h30 às 15h30, 16h às 18h, 18h30 às 20h30 Sala de Provas 13h30: Elas por Elas, seis vinhos e suas criadoras (com Cecilia Aldaz e Alexandra Prado Coelho)15h: Os sublimes vinhos do Tejo, um potencial sem fim (com Dirceu Vianna Junior)16h30: Touriga Nacional, de Norte a Sul (com Cecilia Aldaz)18h: Jorge Rosa Santos, a arte de criar vinhos ic?nicos (com Jorge Lucki)19h30: Vinho do Porto, seis testemunhos de um clássico mundial (com Manuel Carvalho) Tomar um Copo 13h30: Vinhos do Douro (com Manuel Carvalho, Quinta da C?rte e Menin)14h30: Vinhos do Alentejo (com Jorge Lucki, Tadeu Masano, Adega Cartuxa e Herdade do Freixo)15h30: Centro de Portugal, D?o e Beira Interior (com Alexandra Prado Coelho, Global Wines e Quinta do Cardo)17h: Vinhos do D?o (com Manuel Carvalho, Juliana Carani, Carlos Raposo Wines e Ch?o de S?o Francisco)18h: Vinhos do D?o (com Cecilia Aldaz, Alexandra Corvo, Sogrape e Quinta do Mondego)19h: Herdade do Peso (com Alexandra Prado Coelho)20h: Vinhos do Douro (com Jorge Lucki, Quinta da Devesa e Quinta do Carvalhido) Mais recente Próxima Vinhos de Portugal 2025 bate recorde de público no Rio Rio de Janeiro Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ 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