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Tomografia revela detalhes inéditos de fóssil de 260 milh?es de anos no RS

Fóssil Rastodon procurvidens foi encontrado há dez anos na regi?o da Campanha Gaúcha.

Com o uso de tomografia computadorizada de alta resolu??o,éditosdefóssildemilh?bingo da desgra?a 2019 foi possível observar pela primeira vez o interior do cranio e dos ossos do dicinodonte.

O estudo, publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, contou com a colabora??o de cientistas da North Carolina State University e da Princeton University, nos Estados Unidos.

A técnica permitiu a gera??o de modelos digitais em 3D, revelando estruturas internas da mandíbula e do céu da boca que estavam ocultas pela rocha.

1 de 4 Rastodon procurvidens, espécie que teve fóssil digitalizado em 3D por cientistas da UNIPAMPA e do Museu Nacional — Foto: Arte/Márcio Castro

Pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e do Museu Nacional, ligados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conseguiram revelar detalhes inéditos da biologia de um dicinodonte, grupo extinto de animais parentes dos mamíferos, da espécie Rastodon procurvidens.

O fóssil, encontrado há cerca de 10 anos na regi?o de S?o Gabriel, na Regi?o Central do RS, passou por uma tomografia computadorizada de alta resolu??o.

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Com isso, foi possível observar pela primeira vez o interior do cranio e dos ossos do herbívoro – já que ele foi fossilizado com a boca fechada, o que impedia pesquisadores de analisar detalhes do céu da boca e da mandíbula.

“O Rastodon estava literalmente com a boca fechada há mais de 250 milh?es de anos. Com a micro-tomografia, conseguimos abri-la e revelar detalhes incríveis da sua história evolutiva”, destaca Jo?o Lucas da Silva, paleontólogo da UNIPAMPA que liderou o estudo.

O estudo, publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, contou com a colabora??o de cientistas da North Carolina State University e da Princeton University, nos Estados Unidos. O estudo permitiu que novidades sobre o fóssil fossem descobertas, como:

Detalhes de como eram certos ossos do cranio e do restante do esqueleto pela primeira vez;Confirmar que se tratava de um jovem adulto. apesar de seu pequeno tamanho;Reposicionar o Rastodon na árvore evolutiva dos dicinodontes, mostrando que ele pertence a Refor?ar o papel da América do Sul como um importante palco para a origem e diversifica??o desses animais antes do surgimento dos dinossauros.

2 de 4 Resultado da tomografia feita em fóssil de Rastodon procurvidens — Foto: Reprodu??o

Descoberta reposiciona espécie pré-histórica

O Rastodon procurvidens se destaca por suas presas curvas voltadas para frente, diferente do padr?o do grupo, que geralmente apresenta presas voltadas para trás. Ajudou na análise o fato de o fóssil estar muito bem preservado, apenas sem a parte posterior da coluna vertebral e da cintura pélvica. Veja detalhes abaixo.

3 de 4 Tomografia feita em fóssil de Rastodon procurvidens mostra como seria a espécie — Foto: Reprodu??o

A espécie viveu durante o final do período Permiano, há mais de 260 milh?es de anos, no que é hoje a regi?o norte de S?o Gabriel.

Segundo Felipe Pinheiro, professor da UNIPAMPA, "o tamanho pequeno de alguns dicinodontes e seus hábitos de vida ajudam a entender por que o grupo sobreviveu à extin??o Permo-Triássica".

Voltaire Paes Neto, do Museu Nacional, celebra que "tecnologias modernas est?o permitindo revisitar fósseis já conhecidos e extrair informa??es surpreendentes, sem danificá-los”.

4 de 4 Arte mostra como seria o parente dos mamíferos conhecido como Rastodon procurvidens — Foto: Arte/Márcio Castro

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