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Projeto para permitir demitir diretores do BC é 'coisa de republiqueta', diz Arminio Fraga Finan?as Valor Econ?mico.txt
O ex-presidente do écoisaderepubliquetadizArminioFragaFinan?asValorEcon?atividade com roletaBC, Arminio Fraga, chamou de "loucura completa" a movimenta??o do centr?o para aprovar projeto de lei que dá poderes ao Congresso Nacional para demitir diretores e o presidente do Banco Central. "Coisa de republiqueta", disse o economista. A articula??o, antecipada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta ter?a-feira (2), ocorre no momento em que o BC realiza a análise final da opera??o de compra do banco Master pelo BRB (Banco de Brasília). Anunciada no final de mar?o, a opera??o é cercada de desconfian?a no mercado financeiro e aguarda a aprova??o pela autoridade monetária. Sócio da Gávea Investimentos, Armínio Fraga afirmou que nunca tinha visto uma press?o desse tipo de parlamentares sobre o BC. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); "A ideia de aprovar uma uma lei, sobretudo em ritmo de emergência, numa situa??o muito polêmica e pouco transparente, que é essa do Master, faz as suspeitas aumentarem", disse. Entre as suspeitas, ele citou a possibilidade de os problemas no Master serem muito maiores do que parecem, e de que haja um esfor?o para que eles n?o apare?am, diante de muitos interesses em jogo. Para Armínio, a aprova??o do projeto seria um tremendo retrocesso do ponto de vista institucional. "Os números que correm por aí s?o enormes. é tudo meio hipotético, mas a essa altura do jogo o ruído é tal que atrás dessa fuma?a tem fogo." Arminio Fraga disse que os sinais s?o de que a opera??o de compra do Master pelo BRB está travada dentro do BC porque parte da autarquia avalia que o negócio n?o para de pé. Na sua avalia??o, o BC n?o deveria aprovar a compra pelo banco do governo do Distrito Federal. "Acho que o BC muito provavelmente n?o deveria aprovar. Eu estou falando porque é tanto ruído, tanto interesse, é tanta coisa, que eu fico desconfiado, mas eu n?o tenho os detalhes. Eu n?o sei o tamanho real do prejuízo, n?o sei as condi??es reais que o BRB tem para comprar esse buraco que parece ser gigante", afirmou. Ele destacou que n?o se sabe quem vai ficar com o chamado "bad bank" (banco ruim) do Master -a parte do banco de ativos considerada ruim, sem liquidez. "A conta acaba no colo do fundo garantidor, que no passado já foi assim estuprado", disse, em referência ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante aplica??es em até R$ 250 mil, como os CDBs (Certificado de Depósitos Bancários) emitidos pelo banco de Daniel Vorcaro. "O Master foi um banco que se aproveitou dessa possibilidade de captar, mesmo pagando caro. E atuou, ninguém sabe exatamente como, mas correndo muitos riscos", ressaltou. O ex-presidente do BC disse ainda que a autonomia do BC é um modelo consagrado e que autarquia precisa dela para cumprir seus objetivos. O economista Roberto Campos Neto, presidente do BC quando a autonomia foi aprovada, disse que o projeto gestado no Congresso para permitir a demiss?o de diretores da autoridade monetária seria um passo atrás em uma grande conquista da sociedade brasileira. "Seria muito ruim para a autonomia do BC", afirmou.
